Dia desses, em Cachoeira, Ba, recebi um jornal de distribuição gratuita. Leitora assídua, comecei a folhear o impresso até formar uma opinião sobre o material em questão, o Jornal Repórter.
Apesar de estarmos no mês de Junho, o exemplar distribuído, mensalmente, data o mês de abril. A manchete da vez é "Ong baiana pede socorro para não fechar as portas" e as chamadas, aparentemente ingênuas, são atraentes como "Farra das passagens", cuja notícia diz que, apesar de os parlamentares viajarem com o dinheiro público, o Ministério Público não apresentou a denúncia; "Mario Cravo será homenageado em livro" é outra chamada interessante, além de outros destaques sobre futebol e política.
Queria dizer, com todas as letras, o que penso do informativo, mas estaria caindo no mesmo erro do jornal que traz, na maioria das matéria, opiniões prontas e induzidas. Por isso, registrei o exemplar para mostrar minha análise e deixar que você mesmo faça a sua e chegue a uma conclusão.
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Capa do Jornal Repórter, nº33, exemplar de Abril-2012 |
Na capa, 14 chamadas e cinco erros. Quem quiser ler a matéria principal, sobre a Ong baiana que precisa de ajuda, não deverá ir para a página 4, como informa a capa e, sim, para a página 9. O erro acontece três vezes como na receita "Ripa na Chulipa" encontrada na página 6 ao invés da página nove, como identificado e o "Jogo proibido" que está a quatro páginas depois do informado.
A notícia sobre a homenagem a Mario Cravo é repetida duas vezes, na única capa.
Intitulada "Cidadão baiano" em que, ao fim da informação leve, sobre o fotógrafo Sérgio Guerra, fica o chamado "Mais Guerra com Fábio Costa Pinto, no giro Metropolitano, pg. 5". Uma informação leve e o jornal convida o leitor a ler mais sobre o entrevistado, mas a brincadeira com o sobrenome dele remete a uma notícia pesada ("Mais Guerra").
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Chamada errada para matéria sobre a Ong Cedeca |
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Matéria sobre Cedeca traz erros de digitação |

Aqui, uma dúvida sobre o termo adequado. "Funcionários estão COM quatro meses sem salário" ou "Funcionários estão HÁ quatro meses sem salário" ? Eu opto pela segunda opção, mas se eu estiver errada, por favor, me corrija.
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Trecho do Editorial, pg. 2. |
Mudando de página...
Eu, como leitora, achei que o segundo período do primeiro parágrafo ("É esta a situação do Cedeca que...edição") não completa o primeiro período ("Uma instituição....não pode fechar as portas").
Qual a situação que o Cedeca enfrenta que a levou a quase fechar as portas? Eu, por exemplo, optaria por descrever, mesmo que brevemente, o local para, depois, mencionar o segundo período.
Eu faria assim: "Uma Ong sem apoio, funcionários sem salário há quatro meses, contas de água, luz e impostos, também em atraso, sede da fundação interditada e instituição prestes a fechar as portas. É esta a situação do Cedeca que o Jornal Repórter revela nesta edição.
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Adjetivar não é o papel do Jornalista que escreve para os meios tradicionais.
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Engana-se quem pensa que este texto estava em seção destinada às opiniões.
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Pensei que escrever de forma abreviada fosse uma das características da internet. Agora é rezar para não encontrar um "vc" pelo texto. |
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Outro caso semelhante ao da imagem acima. Dessa vez, a jornalista usa as duas formas no mesmo texto ("para" e "pra").
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Israel é citado uma única vez no texto e, ainda assim, não identificado.
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Eu, que tenho formação em Computação Gráfica, não poderia deixar passar, despercebida, uma propaganda que mostra o descompromisso com a qualidade da empresa. A fotografia que tirei não dá nitidez à imagem como está no jornal, mas informo que está muito ruim. (no jornal) A imagem está completamente estourada. Para quem não sabe, uma fotografia estourada é aquela que apresenta pontos na imagem (pegue uma foto pequena, aumente o tamanho e verá que fica cheia de pontos). A solução para este caso é simples.
Vetorizar o logotipo, que não sai caro e mostra qualidade.
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Pode???
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É isso aí. Espero que tenha formado sua opinião e fique mais atento ao ler esse tipo de "jornal".
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